Wednesday, January 28

O que aprendi ao viver nos EUA

Em 2010 saía pela primeira vez de casa dos meus pais e embarcava na viagem que iria mudar por completo toda a minha vida. Chegava aos Estados Unidos, apenas com uma mala semi-cheia, um coração a abarrotar de sonhos e um friozinho na barriga de quem se muda sozinha para outro país. Terminava uma relação de quatro anos, pois sabia que não iria voltar. Sabia que iria ser uma viagem apenas de ida. Muita coisa aconteceu nestes anos, que me fizeram crescer e encarar a vida de outra forma. Há um antes e depois de me ter mudado para NY. Não sei quando volto a Portugal, pelo simples facto de que não sei se quero voltar a Portugal. Gosto muito da vida que levo aqui, não trocaria por nada deste mundo, e os nove meses que fiquei em Portugal fizeram-me ver o quanto estava infeliz. Aqui, tenho a felicidade estampada no rosto. Aqui, aprendi que não é pobre o que menos tem, mas o que menos necessita. E eu necessito de pouco para ser feliz, tenho amigos verdadeiros por perto e os meus pais que estão prestes a chegar. Felicidade atrai felicidade e eu penso sempre que há algo de bom prestes a acontecer, em menos de um mês a minha vida já deu uma tremenda de uma reviravolta.  2015 é o ano em que começo um novo capitulo da minha vida, e ainda agora o ano começou e coisas maravilhosas já estão a acontecer.

Nestes anos a viver em NY (com algumas paragens por Portugal) aprendi:

Aprendi a ser tolerante, a respeitar mais as diferenças, a descobrir a diversidade de raças, culturas, estilos de vida e pensamento muito diferente do português, que por vezes é bastante hipócrita e preconceituoso. E isso é das coisas que mais gosto e mais senti saudades quando estava em Portugal. O simples facto de entrar no metro e dar de caras com pessoas das mais variadas culturas é algo que gosto bastante. Mostra que somos todos iguais e estamos nesta terra para tentar a nossa sorte e conseguir algo melhor.

Aprendi que carro não é sinonimo de status. Qualquer pessoa pode comprar um carro, e não é visto como algo de prestigio. Na verdade, ter um BMW é algo perfeitamente normal e apesar de se ganhar muito mais que em Portugal, os preços são inferiores. As prestações dos carros rondam os $150 por mês, sendo possível ganhar isso em um ou dois dias de trabalho. O orgulho tuga do seu carro topo de gama com prestações altíssimas, que quase não sobra dinheiro para comer é inconcebível por estes lados. O carro é visto como meio de transporte e não como forma de ostentação. Ah, e não lavar o carro durante meses e estar atulhado de tudo e mais alguma coisa é também muito comum por aqui.

Aprendi que a educação é algo de extrema importância e levada à regra por estes lados. Não que fosse mal educada, mas o "jeitinho português" de passar à frente nas filas, esbarrar nas pessoas e não pedir desculpa, aqui não existe. Uma coisa que me fascina, por exemplo é agradecer ao motorista do autocarro antes de sairmos. E se vinte pessoas vão sair na mesma paragem, vinte vezes o motorista vai ouvir "thank you, have a good day".

Aprendi que a idade não importa. Por lei é proibido perguntar numa entrevista a idade do candidato. Por exemplo, nos currículos não se coloca a idade, raça ou fotografia (salvo algumas excepções). A pessoa tem de ser avaliada e escolhida pela sua experiência e não por ser bonita ou feia, gorda ou magra, amarela ou vermelha. É muito comum ver pessoas com 70 anos a conduzir os autocarros da escola, ou a trabalhar em lojas e museus.  Pessoas com piercings, tatuagens mulheres muçulmanas com lenço na cabeça, não são colocadas de parte. Aliás as entidades empregadoras têm que ter muito cuidado com juízos de valor, pois rapidamente podem sofrer um processo por parte dos empregados se acharem que estão a ser tratados de forma diferente.

Aprendi que há muito mais para além do hambúrguer e a comida enlatada. É verdade que o fast food tem proporções enormes aqui, mas também e verdade que só come isso quem quer. A variedade de comida saudável é enorme, muito maior que em Portugal. Todos os menus têm opções vegetarianas. A imagem que é passada de que os americanos só comem porcaria, está longe da realidade, pelo menos em Nova Iorque.

Aprendi, sem questionar, as leis de transito e os limites de velocidade. Aqui, o sinal de STOP é MESMO  para parar. Os peões tem prioridade, não há aquela coisa de fingir que não viu o peão ou acelerar antes que ele chegue à passadeira. Falinhas mansas não nos livram de uma multa. Apesar de Manhattan ser caótica e os taxistas conduzirem que nem loucos, nunca vi um único acidente. Parece que todos sabem o que estão a fazer. No Porto, era raro o dia em que não havia um acidente na VCI.

Aprendi a não ligar à opinião dos outros.  Se me apetecer ir ao Starbucks com rolos na cabeça e pijama vou! Ninguém olha de lado, alias nem sequer olham. Gosto da maneira descontraída dos americanos, não se preocupam com a moda ou a opinião alheia. Conforto acima de tudo! Em Portugal vive-se muito da aparência. Uma simples ida ao centro comercial e o pessoal arranja-se como se de um evento do ano se tratasse.

Aprendi que pontualidade é algo extremamente importante. Acho que sempre fui mais ou menos pontual, mas desde que aqui cheguei a minha pontualidade ainda se tornou mais vincada. E tira-me do sério ter que esperar. Se uma reunião está marcada para as 10.30, começa às 10.30. E também termina à hora marcada. Não só no trabalho como também em qualquer compromisso social. Jantar com os amigos, happy hour, festa com crianças, etc. Se existe uma horário para comparecer, esse horário é levado à séria. Quando aqui cheguei, achava engraçado quando alguém me avisava que ia chegar 5 minutos atrasado, e se desculpava. Eu pensava que em Portugal, 5 minutos é chegar à hora marcada. Agora, depois de algum tempo aqui a viver já não acho mais piada, muito pelo contrário, acho uma falta de educação.

Aprendi a ser dona de casa. É verdade, sai de casa dos pais para vir directamente viver sozinha. Nunca precisei de limpar a casa, cozinhar, lavar a roupa, ir às compras (chamem-me mimada, eu sei!). E passei de um dia para o outro a ter que saber quais as roupas que não se pode lavar juntas, ir a correr depois do trabalho comprar leite que tinha acabado de manhã, ler os rótulos dos produtos de limpeza e saber para que servem, fazer bainha nas calças.  Sempre achei que não tinha jeitinho nenhum para ser fada do lar, mas chego à conclusão que até gosto de ter uma casa para organizar e tomar decisões. Sem dúvida foi algo que me fez crescer, tornar mais independente e deixar algumas manias de lado.

Aprendi a caminhar rápido. Aliás, essa é sempre a minha forma de caminhar quer esteja com pressa ou não. Para viver nesta cidade é preciso aprender a viver ao seu ritmo. Por vezes dou por mim a caminhar rápido e nem sei bem porque o estou a fazer, mas faço-o porque as pessoas ao meu lado na rua estão a fazer o mesmo.

E todos os dias continuo a aprender.

65 comments:

  1. Adorei este texto, Diana :) Nunca imaginaria de Nova Iorque muitas dos aspectos que focaste aqui, obrigada por partilhares. Aqui também se agradece ao motorista e eu acho mesmo fantástico, é tao mais humano, não é? Desculpa perguntar-te isto, mas como fizeste acerca do visto? Tens algum post onde fales disso? Beijinhos, espero que o "sonho americano" se concretize sempre em ti!

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  2. Ou seja, só coisas boas e positivas sairam daí. Mas era de se esperar :)
    Aproveita querida. E sê feliz.

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    1. Nem tudo é positivo, tem coisas menos boas que irei falar num post futuro. Mas o balanço não podia ser mais positivo de outra forma não trocaria o meu país por este :)

      Beijnho

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    2. No fundo é isso o importante, que o balanço seja positivo :) Felicidades!

      http://janeiroemparis.blogspot.pt/

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  3. Excelente post Diana :)

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  4. Adoro os teus post.... és uma rapariga cheia de coragem! Com que idade foste para NY?

    bj

    http://despertarosonho.blogspot.pt/

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    1. Tinha acabado de fazer 23, isso faz de mim agora uma miuda de 27 :)

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  5. Gostei muito de ler o teu post Diana. Muito inspirador. Continua a dar notícias de Nova Iorque e da tua vida por aí, por cá nós gostamos de ler :)

    Wanderlust
    http://world-of-wanderlust.blogspot.pt/

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  6. Excelente! Parabéns Diana por isto também http://www.noticiasaominuto.com/pais/339581/quer-ser-mais-saudavel-inspire-se-nestas-portuguesas#/615/4

    Vens mencionada nesta notícia :) Continua..um beijinho

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  7. Só estive nos EUA 2 semanas agora recentemente (e uma outra vez quando era pequena, mas dessa não me lembro muito) e já aí verifiquei algumas das coisas que aqui referes :) especialmente o facto de as pessoas serem extremamente delicadas e simpáticas, com gestos tão normais como segurarem a porta para quem vem a seguir, ou ajudarem-te a carregar coisas quando sobes as escadas do metro. E isso de as pessoas ligarem pouco à aparência... por onde andei, vi sempre pessoas muito diferentes e toda a gente se olha nos olhos a falar, não se importando com o aspecto. Quando aterrei em Lisboa, saí do aeroporto com o meu namorado e o nosso autocarro estava mesmo a chegar à paragem, pelo que tivémos de correr. Entrámos no autocarro, que tinha umas 10 pessoas dentro e estavam todas caladas a olhar para nós de cima a baixo. Passámos pelo corredor até aos últimos lugares com as mochilas às costas, com um silêncio sepulcral e com toda a gente a olhar... foi mesmo aquele impacto de "realmente, já chegámos a Portugal! Que diferença para o que foram os últimos dias nos EUA" :)

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  8. Adoro o teu blog e adoro ler as tuas experiências, e aventuras, por isso não me leves a mal o que eu te vou dizer: acho muito injusto compararmos Portugal com os Estados Unidos da América. São países, realidades, dimensões e culturas completamente diferentes. Tive o prazer de visitar pela primeira vez os EUA o ano passado e AMEI....tudo, ou quase tudo. No entanto de uma coisa não tive dúvidas, Portugal e EUA são em tudo diferentes....só isso...nem melhor nem pior...só diferentes.

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    1. Não acho que seja injusto comparar dois paises onde tive oportunidade de viver. Apenas dei a minha opiniao baseado no que vivi em ambos os lugares. Irei fazer um post em que falarei das coisas menos boas de viver nos EUA :)

      Beijinho

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    2. Diana eu digo que é injusto porque a meu ver seria o mesmo que comparares a minha conta bancária com a do Cristiano Ronaldo (LOL)...
      ... mas mais a sério é um bocado isto, estás a entender????
      Não foi no sentido depreciativo. Apenas a meu ver em nada, mesmo NADA, se pode comparar os 2 países.
      Ambos têm coisas boas e más, mas isso é como tudo nesta vida.
      Mas confesso que se há coisa que me tira do sério é compararem os States com aquele pontinho que existe do outro lado do oceano e que se chama Portugal. Até porque América é apenas e tão só o país mais poderoso do mundo.
      Gosto desta troca de ideias, por isso adoro o teu blog.
      Beijocas.

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    3. Eu discordo. O que a Diana esta a comparar nao sao os 2 paises em si, mas as suas experiencias e interaccoes nos 2 paises. Mesmo que inconscientemente eu acabo por fazer o mesmo. Ha coisas que digo: Bolas, os Canadianos sao mesmo parvos. Outras, "os Portugueses sao mm atrasados".

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  9. Caramba, AMEI o post, Parabéns pela força e garra



    tarasemanias.pt

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  10. Muito boa esta publicação ;) Adorei!

    Beijinhos
    food&emotions
    http://fefoodemotions.blogspot.pt

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  11. Como descreves até parece que não sabemos conviver. Acredito que há pessoas assim, boas e más, simpáticas e antipáticas em qualquer lado do mundo

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    1. Não disse que nao sabiamos conviver, tudo o que escrevi reflecte a minha vivência em Portugal e nos EUA. É simplesmente a minha opinião, que vale o que vale!

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    2. Nas resposta deste anonimo, encontro parte das diferencas de mentalidade que encontramos nos 2 pais. Ha que saber separar o trigo do joio. Regra geral, as pessoas por estes lados do Mundo parecem ser um pco mais directas e menos dadas a interpretacoes carregadas de energia negativa e juizos d valor. O portugues tende mto a desconversar e a interpretar o que nem sequer e dito ou pensado. A maior diference para mim? O Portugues, em geral e muito negativo. e nem sequer tenta.... A malta por aqui (again, geralmente falando) aventura-se mais. Tenta. Ha mto mais " Sim, Provavelmente. Bora la" do que " naaa... Isso nao vai dar. Esquece. Tas mas "e parva". Se e que me faco entender. :)

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  12. Eu gosto muito de Portugal, mas não de como é Portugal. Odeio a cusquice típica das pessoas, odeio que fiquem a olhar para alguém porque está "diferente" do normal, odeio a falta de simpatia. A maioria das pessoas diz que somos um povo acolhedor, mas, definitivamente, não somos simpáticos, pelo menos eu acho isso. Ainda precisamos de evoluir muito e é por isso que, quando acabar o meu curso, gostava de sair daqui e ter outras experiências culturais e não só!

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  13. Acho que está a confundir a simpatia superficial com verdadeiro acolhimento. Nos EUA é verdade que em qualquer loja e restaurante e até supermercado as pessoas são muito simpáticas, mas não passa muito disso. Só posso falar por mim, mas estando nos EUA também desde 2010, posso dizer que em Portugal as pessoas não sendo tão superficialmente simpáticas, são muito mais acolhedoras e profundas na amizade do que aqui. Passado um tempo, sinceramente, essa "simpatia" superficial dos americanos passou a chatear porque constatei que é mesmo efémera e pouco profunda. Desde que a relação de amizade implique que o americano perca 5 minutos do seu tempo e não ganhe nada com isso é ve-los a fugir logo... e depois vê-se a outra face, de uma frieza extrema. Ainda no outro dia, só a título de exemplo, no nosso grupo de amigos americanos, uma rapariga vai ser operada e apenas nós - os tugas - nos dispusémos a levá-la e a tratar da alimentação dela nesses dias de convalescença e etc. Era ver os amigos - supostamente muito mais próximos da tal rapariga - a esquivar-se a qualquer compromisso... este é só um exemplo, mas podia dar MUITOS mais... Por isso quando me dizem "ah e tal fui de férias aos EUA e os americanos são tão simpaticos e etc etc" eu geralmente digo logo que nem tudo o que parece é...

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    1. É a sua opinião baseada na sua experiência nos EUA, assim como o que eu escrevi é a minha baseada no que tenho vivido desde que aqui cheguei em 2010. Há quem concorde e quem não concorde, como em tudo. Quando falava em serem simpaticos e atenciosos, não me referia a quem trabalha em lojas e restaurantes (ja aqui falei sobre isso). Talvez a experiência que eu tenho de Portugal não seja a melhor, assim como talvez a sua aqui também não esteja a ser a melhor, pois tudo aquilo que referiu no seu comentario nunca aqui senti. Apenas falei daquilo que sei e sinto. Apenas a minha opinião.

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    2. Eu sai de Portugal ha cerca de 7 anos. Vim para Vancouver, no Canada... Concordo imenso com aquilo que dizes. Principalmente a nivel do trabalho: aqui tb ninguem e velho para trabalhar. Tda a gente agradece ao motorista. Fiz o mesmo em Lisboa, olharam para mim como se fosse um ET! Ahahah! Foi engracado. As vezes e facil fazer amigos, pq granda maioria q aqui vive sao tb foreigners e tds sabem o q e sair do seu pais. No entado, 'e mais complicado fazer amizade com Canadianos. E nao querendo ser racista, mas dizendo isto mais como um influencia cultural: Vancouver tem imensos chineses e Japoneses. Q, regra geral e uma cultura mto fria... O que acaba por influenciar imenso esta sociedade. Como tudo na vida, viver fora do nosso pais tem coisas boas e mas. Ha certas cenas que os norte americamos estao a anos luz dos Portuguese. Ha outras, que so o nosso Portugal nos consegue aquecer o coracao. Beijinho, Diana.

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    3. Vai ter de me dizer onde vivia, porque olharem para si como se fosse um ET por cumprimentar o motorista...bem, chego á conclusão que devia viver realmente num sitio muito mau...assim sendo fez bem em emigrar...
      Onde eu vivo toda a gente se cumprimenta na rua. Até aquelas pessoas que não conhecemos de lado nenhum.
      Bolas que vocês deviam ter vivido em terras muito esquisitas em Portugal...

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  14. Há uma coisa importante a notar... por um lado os EUA são um país de imigrantes, de pessoas que estão de passagem (embora muitas delas acabem por ficar) e isso acaba por contribuir para essa descontracção que algumas pessoas mencionam... por outro lado, o facto de as pessoas estarem de passagem apenas pela experiência de 2, 3 ou 5 anos também relativiza muitas coisas... Por exemplo, uma pessoa em Portugal com licenciatura e pos-graduação que ganhe a vida como babysitter é vista como um caso de algum insucesso, mas estando fora e não tendo qualquer tipo de julgamento pelos seus pares, já tudo parece mais fantástico... mas isso advém apenas do facto de essa mesma pessoa não estar inserida nos grupos certos e sob a qual não recaem o mesmo tipo de expectativas. É preciso ver as coisas com um olhar mais crítico do que aquele que estas autoras dos blogs fazem parecer...

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  15. Diana, esta a responder à leitora Duquesa, precisamente ao ponto que ela referiu do povo Português não ser simpático.Obviamente que apenas relatei a minha experiência e admito que outras pessoas possam ter experiências diferentes. Mas também lhe digo que não sou a única Portuguesa noa EUA que partilha desta opinião sobre a tal simpatia dos americanos.

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  16. Sei por experiencia que a grande maioria dos imigrantes que aqui chegam não estão de passagem. Vem para aqui para ficar. Existes muitos paises em que o objetivo e juntar dinheiro e voltar para o pais de origem, mas o mesmo não acontece aqui. Com o seu comentario acabou por me dar razão e mostrar que os portugueses no geral são preconceituosos e julgam os outros pelo tipo de trabalho que têm e pela aparência. E é isso que eu gosto nos EUA. Não existe o senhor doutor ou senhor engenheiro, todos aqui são tratados pelo nome, e não são olhados de lado, pois todos os trabalhos são dignos.

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  17. Adoro ler o que escreves, adorava fazer o mesmo, mas (e não me leves a mal, não é, DE TODO, um ataque pessoal) é preciso dinheiro para nos mudarmos para os EUA, pagar viagens, casa, comida e tudo isso enquanto não se arranja um emprego ou ir e depois, precisamente, não arranjar um emprego e ter que voltar. Infelizmente nem todos podemos sequer tentar porque nem todos podemos alimentar esses sonhos. E não significa que não tenhamos coragem de o fazer, ou que não quiséssemos. Simplesmente não temos dinheiro, e isso não é aquela conversa do "quero tanto ir" e depois não faz nada para isso, é querer ir e não ter dinheiro para pagar as contas aqui, quanto mais.

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  18. Omg fizeste-me ter vontade de ir aí passar umas férias, pelo menos de alguns olhares que as pessoas nos deitam por aqui. Tal como dizes, da-se muito valor ao que se veste e como nos arranjamos mesmo que seja só para ir ao café da esquina. faz-me tanta impressão.
    Bem não conhecia o teu blog, e fiquei super feliz por ter calhado entrar aqui, um enorme beijinho e continuação de uma boa estadia nesse país que tenho imensa curiosidade de visitar. (vou seguir)

    http://adonadasushi.blogspot.pt

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  19. Diana, mas veja..isso advém em parte do facto dos imigrantes não estarem inseridos nos grupos certos. Se um americano que estudou em Harvard estiver a trabalhar no call center, os seus pares também considerarão esse um caso de insucesso. Por outro lado, e vou dar o meu exemplo, tendo estudado numa Universidade de grande reputação em Portugal, e tendo trabalhado uns meses num call center nos EUA, também não senti qualquer desaprovação ou reprovação por parte dos americanos, mas isso é apenas porque não recai sobre mim, enquanto jovem imigrante nos EUA o mesmo tipo de expectativa que recai sobre um americano ou sobre um Português em Portugal. Obviamente que isto é ilusório pois eu sabia que nessa fase estava sub-par, estava a trabalhar abaixo das minhas qualificações e o que dita as minhas acções é a minha avaliação e não o facto dos americanos serem simpaticos apesar de eu ter mais qualificações do que eles e estar então a trabalhar num call center... E eu não pus em causa a dignidade de qualquer trabalho, mas certamente que alguém que estuda e obtém um certo nível de qualificações, espera ter um trabalho que requeira correspondente actividade intelectual e remuneração.

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  20. Texto verdadeiramente cativante e extraordinário, aliás assim como tu própria o és!! Creio que para a maioria de nós (Tugas) há aquele sonho de visitar e para muitos viver em NY, eu seu que eu sim.
    Os meus parabéns e continua assim :) Boa sorte por aí e espero que a tempestade já tenha passado.
    Beijinhos

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  21. Olha que quando estive aí de férias, vários funcionários foram muito mal educados. Inclusive um polícia, quando eu e o meu marido lhe pedimos ajuda porque estávamos perdidos respondeu um fuck off. Tudo o resto muito bem, mas vim com a impressão de que são muito muito mal educados, principalmente com turistas.

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  22. muito inspirador Diana, smp q visito o teu blog fico com cada vez mais vontade de ir para aí e tentar a sorte!

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  23. Não há qualquer dúvida que quando vivemos noutro país ficamos com muito mais noção do que acontece no nosso próprio país. Eu estive a viver em Espanha, que não tem nada a ver com os EUA e é mesmo aqui ao lado, e reparei em tantas diferenças em relação a Portugal! A cultura, os hábitos, as pessoas. Espanha fez-me dar muito mais valor ao meu país e às nossas gentes. Mas acredito que nos EUA a comparação seja diferente e as conclusões também. :)

    http://entreosmeusdias.blogspot.pt/

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  24. Adorei o teu testemunho e confesso que fiquei bastante tentada a visitar NY. Não que não fosse um dos meus sonhos, mas se pudesse ir aos EUA, iria primeiro ao Texas, California, acho.
    Mais uma vez adorei e obrigada por partilhares as tuas experiências! :)

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  25. Sinto-me da mesma maneira em relação a Londres. Tenho alguns amigos portugueses que aqui vivem e a maioria diz que só quer voltar para Portugal e que acham Londres uma cidade triste e vazia. Eu não poderia discordar mais. Consigo-me relacionar em muitos aspectos com as coisas que tens aprendido em NY :)

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  26. O post está fantástico, sem dúvida, até inspirador. Não é, no entanto, consensual, naturalmente. A imagem que tenho dos EUA, país onde já estive como turista, em locais diferentes, é algo diferente. a imagem que tenho de Portugal e dos portugueses também não é coincidente com a que relata. Eu também vivi fora de Portugal uns anos e foi a experiência profissional da minha vida e também a maior aventura onde me meti, não me arrependo, mas... aqui é o "meu canto" e não estou com nenhum "ataque nostálgico". Vivências diferentes... só isso. Desejo-lhe tudo de bom e que continue com essa força, determinação e felicidade.

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  27. Gostei de ler este texto. Acho especialmente importante a ultima frase. Aprendemos sempre, todos os dias, assim tenhamos vontade. Mas tenho que discordar com alguns pontos; aliás, lamento que a sua experiência em Portugal tenha sido tão negativa. Eu sou da zona de Aveiro. Vivi e trabalhei 2 anos na zona do grande Porto. Vivi e trabalhei 5 anos na zona da grande Lisboa. Estou há 2 anos na Alemanha. Tenho a dizer que em todo o lado há coisas positivas e coisas negativas. Há imensas coisas que me irritam solenemente nos portugueses. E há imensas coisas que me irritam solenemente nos alemães. Acho, por isso, que não podemos, nem devemos, dizer coisas tão generalistas. A Diana compara os portugueses com os americanos e descobre que os últimos batem aos pontos os primeiros, mas eu leio o que escreveu e dou por mim a pensar: serei americana? é que, por aquilo que escreveu, parece-me que sim. Tudo isto para dizer que há portugueses e portugueses, há americanos e americanos, há alemães e alemães. Não coloque tudo no mesmo saco. Esse é um erro crasso.

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  28. É super parecido com a Austrália, assino por baixo! E também se agradece ao motorista e ninguém deixa de viver para poder ter um mercedes. :) Adoro o post

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  29. Conhecer Nova Yorque está no topo da minha lista, infelizmente a vida nem sempre ajuda a concretizar os sonhos, mas ainda tenho muito para viver e espero um dia poder comprovar isto tudo que partilhaste.

    Adorei o blog, é uma forma de "conhecer" essa cidade fantástica..

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  30. Admito que tenho alguns preconceitos em relação aos norte-americanos mas gostei dessa maneira simples como não dispensam pessoas por serem pretos, brancos, altos, baixos, novos ou velhotes.

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  31. Diana,

    Por experiencia própria, sei que criticar um dos dois países (de origem ou de destino) faz parte do processo de desenrraizamento, porque acaba por facilitar a nossa adaptacao. Mas é como dizia uma das comentadoras anteriores, nao significa que um seja melhor do que o outro, apenas diferentes.

    Nao conheco os estados unidos, mas a minha prima, que viveu 2 ou 3 anos aí, diz que os vizinhos só a incluiram no seu grupo porque sabiam que ela e a sua familia estavam de passagem. Normalmente, sao mais fechados no que diz respeito a fazer amizades mais profundas com estrangeiros, porque já têm o seu grupo de amigos e familia.

    Outra coisa que já me contaram e li aqui, é que para eles, basicamente, é: longe da vista, longe do coracao. Nao sao de manter amizades ah distancia, mas posso estar enganada e tu saberás mais do que eu obviamente.

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    1. Da minha experiencia, com os americanos é mesmo assim, longe da vista longe do coração.

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  32. Adorei, confesso que tenho uma pontinha de inveja... Gostava de ter embarcado numa aventura dessas :)

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  33. É preciso ter muita força para ir sozinha à procura do desconhecido...que o ano de 2015 seja fantástico!

    Isabel Sá
    http://brilhos-da-moda.blogspot.pt

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  34. Aii quero tanto sair daqui quando acabar o curso e ir para aí é uma opção. Agora então muito mais, adorei o post!

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  35. realmente disses te varios pontos que sao reais, os portugueses gostam e vivem de aparencia e querem ser assim..
    ca em londres e' quase tudo igual ai... quando digo quase pq e' mesmo, a diferenca e' que aqui nao respeitam filas dos autocarros e ninguem diz thank you ao driver muitas x os driver e' super mal educado...
    e' a segunda vez que emigro e a primeira vez tinha apenas 20 anos e passei e aprendi o mesmo que tu muito cedo mas algo que aprendi mais foi AMAR o meu pais ... apesar de tudo
    e sem rodeios londres e' MAGICO
    Beijinhooooo

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  36. Não sei como estavas tão certa :P o subconsciente romantiza um bocado, mas tu pareces sempre ter sabido o que querias :)
    Não se se chamaria a "mudar para o outro lado do oceano" pouco, mas ainda bem que encontraste o teu "pouco" :D (desde que sirva pode ser pouco ou muito que pouco importa...)
    Embora veja a tua felicidade também me sinto bastante satisfeita por a minha felicidade não ter constringentes geográficos :P
    É um grande começo de ano, estou muito feliz por ti por finalmente ires para onde queres :D e o tempo de estadia em Portugal sugere uma metáfora engraçada :)
    Talvez estar sempre a ver pessoas de outras culturas ajude ao respeito mútuo... Nessas coisas a televisão e a internet também parecem ajudar, na medida em que acabamos por estar habituados e a ver como normais e iguais pessoas diferentes de nós. Acho que acaba por despertar um bocado a consciência e mostrar que ninguém é superior :)
    Isso dos carros é engraçado :) aqui dá-se muita importância. Também tenho ideia de que aí se usam mais os transportes públicos... Mas vaidade há em todo o lado, quer seja relacionada com carros quer com outra coisa qualquer :P
    Haver restrições quanto à discriminação é muito bom e achei essas estratégias óptimas, mas a facilidade com que ocorrem processos parece um bocado preocupante...
    Eu tenho essa ideia de comer porcarias, em parte porque nos blogs americanos as receitas de comida parcem nunca ser caseiras - são à base de enlatados, wraps, coisas assim. Eu acho que aqui estamos muito bem com coisas saudáveis, porque as coisas que elejo como tal são as mais simples. Parece-me provável que haja um monte de produtos vegan/sem glúten/ricos em proteína/low carb, mas, apesar de ter curiosidade e gostar de experimentar, não sinto grande necessidade de ter mais do que os alimentos frescos e outros básicos que se vendem em qualquer supermercado :) claro que também deve haver maior variedade, mesmo em biológicos e tudo, mas eu apercebi-me de que o que há aqui me chega muito bem :)
    Se não ligas à opinião dos outros podes fazer isso em Portugal ou noutro lado qualquer :P eu já fui de pijama às compras. É relaxante ;) mas deve ser bom não ter olhos cravados!
    Eu também não acho muita piada às faltas de pontualidade. Imprevistos ou atrasos acontecem, mas sistemáticos são chatos. E irritantes. É em tudo, mesmo eventos. E cinema. A publicidade do cinema irrita-me TANTO. Mas isso deve ser igual aí :P
    Que choque, de repente e sem transições, a uma enorme distância... :P deve ter sido um grande desafio!
    Beijinhos :) e "diverte-te" na "tua" cidade :D

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  37. No Alentejo também vamos à padaria/supermercado/café de pijama e ninguém estranha.... :P

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    1. LOL,Isso não é necessariamente uma coisa boa! Andar de pijama na rua é simplesmente desleixo!
      Aliás discordo com a Diana quando diz que aqui se dá muito valor à aparência, a maioria das pessoas anda bastante normal quando vai a um shopping e não vestida para uma gala como ela diz. Claro que não vemos as figurinhas que se vêem em alguns shoppings americanos, o que só conta a nosso favor: http://www.peopleofwalmart.com/

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    2. Nao e bom nem e mau o que quis dizer e que aqui ninguém julga, nem olham de lado pura e simplesmente porque ninguém tem nada a haver com isso. Claro, esse site simboliza todos os que vão ao walmart, sem dúvida! Haja paciência! Minha gente eu só dei a minha opinião, mais nada!

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    3. Para mim não é bom nem mau, não me afecta em absolutamente nada. Aliás, faz-me mais confusão ver aquelas miúdas com os rabos e as mamas à mostra do que uma pessoa de pantufas e pijama no meio da rua.

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  38. Acabei de conhecer o teu blog e adorei.
    Nunca vi um post que me atraísse tanto. Adorei. É simplesmente fantástico.
    Eu sonho com Nova Iorque desde pequena, ir viver para lá, começar uma vida lá...
    Nova Iorque é o 'meu sonho' e realmente chateia-me as pessoas que não me levam a sério quando digo isto.
    Ler o teu post fez-me gostar mais ainda (o que é quase impossível) de Nova Iorque.
    Vou começar a ser leitora assuída do teu blog! :)

    Beijinhos
    Queen Of Disaster

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  39. O meu comentário já será um pouco requentado...mas cada um tem direito à sua opinião/visão das coisas...mas o que me chateia mesmo é a ingratidão de certos portugueses com o país em que nasceram e com um provincianismo bacoco com tudo o que é do estrangeiro...já o grande Eça... o escrevia ...

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  40. Claro que se os carros aí são mais baratos, as prestações também serão mais baixas e o carro não será visto como algo de prestígio. Em Portugal, se a pessoa fez aquele investimento é natural que se orgulhe disso. Aqui em Macau por exemplo, os preços das casas são tão elevados que a maior parte dos jovens compra um carro... E devido ao dinheiro dos casinos há ferraris, etc com bastante regularidade na rua...

    Quanto à educação concordo em certa medida, depende muito da zona do país. Em Macau vejo que os portugueses são extremamente bem educados. Muitos chineses do continente nem sabem o que é uma fila, empurram, não esperam para as pessoas sairem do elevador antes de entrarem e se for preciso fecham-nos a porta da cara. Mas mais uma vez não são todos. Eu vivo em Coloane e nestes prédios também todos se cumprimentam, seguram a porta, são prestáveis, etc.
    Ou seja, para mim a diferença está no tipo de educação e cultura e não se a pessoa é chinesa, portuguesa, americana, etc.

    Se essas leis existem por alguma razão é.... Não é que essa discriminação não exista, a lei é que a previne...

    Em relação à comida saudável concordo 100%! Quem me dera ter aqui essa diversidade. Geralmente encomendo o iherb.

    Aqui o transito é mil vez pior que em Portugal. Os condutores não fazem pisca, se fizeres pisca não te deixam passar, não param na passadeira. Os peões ainda são piores, atravessam com sinal vermelho, fora da passadeira, etc. Trabalho com uma companhia de seguros e a quantidade de acidentes diária e as decisões dos tribunais são assustadoras.

    Aqui também ninguém liga às aparencias. no meu antigo prédio costuma encontrar imensas pessoas de pijama no elevador a ou a ir de pijama as compras do supermercado.

    Quem me dera que toda a gente fosse assim tão pontual.




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  41. Olá Diana! Não sabes como me identifico com o teu post! Não moro em NYC mas em Londres e as semelhanças são mais que muitas! Continua a partilhar as tuas aventuras!
    Beijinho
    AMA

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  42. Adorei o teu blog!
    Keep it up!

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  43. Adorei este post, Diana! :)
    Há muitas coisas aqui que não sabia e adorei ficar a saber! Cada vez mais me fascina o espírito americano e a maneira de viver deste povo.
    Beijinhos

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  44. Gostei do post, e no geral concordo com as constatações.
    Antes de vir para os EUA procurei vídeos no youtube que me ajudassem a preparar para as diferenças, e por isso vim com uma imagem muito diferente do que depois encontrei.
    Vim com a ideia formada que as estradas eram excelentes, e a condução acima da media. Essa foi talvez a maior deceção que tive depois de ca estar, pois constatei que as estradas eram, regra geral, piores que as Portuguesas, e a condução, péssima. Quando vim tinha renovado a minha carta de condução havia 6 meses. Como a demora era de cerca de um ano, vim com a guia, e carta internacional, que de pouco serviram, pois tive que tirar a carta de condução como se nunca a tivesse tido. Tirei-a em 3 meses, e menos de $40USD. Percebi então a razão porque aqui se conduz tao mal. O exame de código e basicamente 90 questões sobre civismo na estrada, e 10 sobre taxas de álcool e questões administrativas. Nem uma única pergunta sobre sinais de transito!

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  45. Eu identifico me com praticamente tudo o que disseste!! Vim para os Estados Unidos sozinha quando tinha apenas 17 anos e hoje com 25 por aqui continuo... Tem sido uma aventura fascinante!! Fico feliz por saber que outras pessoas partilham historias semelhantes à minha.. Obrigada pelo texto!!

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  46. Eu identifico me com praticamente tudo o que disseste!! Vim para os Estados Unidos sozinha com apenas 17 anos e hoje com 25 por aqui continuo... Tem sido uma aventura fascinante!! Fico feliz por saber que tantas outras pessoas partilham historias semelhantes à minha.. Obrigada pelo texto!!

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  47. NYC näo é os Estados Unidos, tal como Londres näo é o Reino Unido. Mas concordo com a opiniäo do post. Aquilo que ainda hoje me deixa possesso é a burrice conformista e o medo da auto-expressäo em Portugal. Já deixei o país há 10 anos e tenho a impressäo de que sempre que o visito, estou de novo na aldeia. Gostava de saber como é possível que dez milhöes de pessoas continuem a viver em menoridade intelectual, emocionalmente escravizadas por um negativismo constante e incapazes de meditar sobre a sua própria frustracäo para a combater energeticamente. A forma como os portugueses policiam o comportamento alheio - os olhares, os juízos de valor, o comentário - é um pesadelo que nem uma carrada de medicamentos parece ser capaz de aniquilar.

    Que os Estados Unidos continuem a dar a felicidade desejada e a proporcionar a concretizacäo de sonhos. Hei-de voltar a Nova Iorque um dia destes... ;)

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  48. Na minha opinião e falando apenas por experiência, muita dessa simpatia americana é algo falsa, como também acontece um bocado com os brasileiros. Claro que em muitos casos é genuína, mas com um americano nunca sei logo se a pessoa em questão gostou de mim ou está apenas a ser simpática para parecer bem. Já com um escandinavo ou um alemão, se forem simpáticos para comigo é sinal de que está para surgir uma amizade.

    Também acho os americanos directos de mais ás vezes e demasiado amigáveis para o meu gosto. Há pessoas que não se importam, mas para quem é mais introvertido, estar na fila do supermercado e ter um completo estranho a contar-me a história da sua vida não é lá muito agradável. Fico logo de pé atrás a perguntar-me o que essa pessoa pretende de mim.

    Isso da tolerãncia também tem muito que se lhe diga. Viver em Nova Iorque é diferente de viver num trailer no Alabama, por exemplo. Todos os países têm gente preconceituosa e racista, mas nos EUA é grande tabu admitir ser racista, ao contrário de em muitos outros páises. E ninguém consegue ler mentes.

    Mas sim, cada um tem a sua experiência. Ainda bem que a experiência da autora do post noa EUA lhe correu bem. Muita gente imgira e não se consegue integrar no seu país de destino.

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Sejam bem-vindos:)