Wednesday, September 17

Das palavras que podiam ser minhas


 

Há quem não entenda quando digo que em vez de me lamentar, agradeço tudo o que de menos bom me acontece na vida. É uma questão de perspectiva, uma forma de ser e de estar. Agradecer as desilusões que tive de enfrentar, agradecer todas as quedas que dei. Hoje sei que foi com elas que aprendi a levantar-me sozinha. Agradecer aos amigos que não foram assim tão meus amigos, aos amores-impossíveis e quase-possíveis que me obrigaram a aprender a amar na saudade e na espera e, tantos anos depois, conhecer o amor pelo qual esperei a vida inteira. 
Agradeço a todas as coisas e pessoas que saíram do meu caminho e que deixaram espaço, tempo e ar para que outras pudessem entrar, conquistar um lugar e ficar. 
Agradeço a quem me disse não, a quem me obrigou a sair da minha zona de conforto e encarar de frente a verdade da vida. Agradeço ter aprendido, com dor, a olhar nos olhos os meus erros. Não para me lamentar, mas para ter a certeza de onde não devo recomeçar.
Agradeço os muitos dias em que remei contra a maré, os dias em que conheci e aprendi a respeitar a palavra resiliência e os dias que me fizeram tatuar na pele o mantra que está sempre presente em mim:
«Acima de tudo, há duas coisas que nos definem: a nossa paciência quando não temos nada, e a nossa atitude quando temos tudo.»

7 comments:

  1. Amei o texto. Gostava de ter esse dom, é uma luta diária, mas acho que já ter noção é um bom começo : )
    Mas sim, a melhor atitude, até para nós próprias, é agradecer tudo o que temos de bom, mas principalmente agradecer e compreender tudo o que nos aconteceu de menos bom. Tudo tem uma razão!

    http://mundodamafy.blogspot.pt/

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  2. Adoro o blogue de onde retiraste este texto *.*

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